NOTA DE BOAS VINDAS

Mais um blogue.
Para todos nós, amigos, que de algum modo, natural ou sobrenatural, têm a Bila em comum! Diz aquilo que te agrada, aquilo que te incomoda e até aquilo que não te interessa para nada... Mostra-nos as tuas fotografias! Faz o que quiseres mas PARTICIPA!

domingo, 27 de dezembro de 2009

Desafio " Conhecer a Bila até às entranhas"

Solução do Desafio 3:

Acertaram, claro. Os pés pertencem à estátua do "nosso" Carvalho Araújo, ou melhor, a um dos homens semi-nus que lutam por baixo dele...




O próximo desafio chegará brevemente.
Bom Natal a todos!

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Desafio " Conhecer a Bila até às entranhas"

Desafio 3:

Mais um fácil...
De quem são estes pés?

Desafio " Conhecer a Bila até às entranhas"

Solução do Desafio 2:

Pois claro que sim, é no Parque Florestal.
(tem uma plaquinha agora a informar que a água é imprópria para consumo)

sábado, 10 de outubro de 2009

A campanha na bila

A campanha lá correu...
Não vou fazer comentários políticos, não me compete, neste blogue pelo menos.
Ok.... confesso que achei bastante agressiva uma certa música, duma certa comitiva que entoava algo que parecia: SLB! SLB! Laralá laralá SLB!
Não me caiu muito bem.
Bem, talvez tenha sido por eu ser do FCP....
...
De todas as imagens propagandistas espalhadas pela cidade sem dúvida esta (pirata) captou a minha atenção... partilho-a com vocês. Não faço comentários, claro.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

As 1001 bandas... (II)

Mais um tesouro da cena musical vilarealense dos anos 90! Tesouro este, que acho nunca ter sido realmente descoberto... Quem não se lembra dos Actus Nefandus? Ou será mais fácil perguntar, quem se lembra...? Bem, não quero diminuir de forma alguma a importância que esta banda teve, pelo menos para quem dela fez parte, que com toda a certeza passou momentos inesquecíveis!
Eu pessoalmente gostei.
Peço aos ex-membros, ou quem os conheceu que se manifeste e conte-nos mais coisas sobre esta magnífica banda!



PS - Obrigada pela imagem Alberto!

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Reinaldo (II)

Depois de reencontrar o, nunca de facto perdido, Reinaldo, só pude escrever isto.

Dissertação botânica

São como folhas, as gentes.

Pendem-se em aglomerados mais ou menos
extensos, admitindo posições hierárquicas
calhadas em sorte pelo lado do tronco em que nascem.
Embora pareça, não migram, são quase estáticas, tirando,
talvez, alguma agitação provocada
pelos ventos vespertinos e por chuvas outonais.
A maior parte serve de alimento a animais famintos,
outras há, porém, que são abrigo, albergue de vida,
bálsamos multicolores.

São como folhas, as gentes.

Umas amarelecem e caiem, esquecidas,
sob o solo que as absorve. Contudo, algumas,
poucas, são perenes. Ficam,
ainda que no rigoroso inverno nevado.
Ficam, pintando de verde as longas
tardes cinzentas melancólicas.
Ficam, ficam.
Anos, longos anos, inventando, para nós,
um renovado conceito temporal.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Desafio " Conhecer a Bila até às entranhas"

Desafio 2:

Este também é fácil, não?

Desafio " Conhecer a Bila até às entranhas"

Solução do desafio 1:

Pois é.
Faz mesmo parte do muro que se encontra na parte traseira do átrio da Sé de Vila Real.



Parabéns às duas pessoas que acertaram!

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Desafio " Conhecer a Bila até às entranhas"

Proponho, humildemente, um desafio para tentar dinamizar um pouco mais o nosso blogue. Vou tentar colocar regularmente uma fotografia de um pequeno pormenor de Vila Real, que pode ser parte de um prédio, uma rua ou uma parede, uma árvore, um canteiro, sei lá, algo pertencente à bila ou arredores. O que é? Onde é? Às vezes pode ser muito fácil e outras vezes impossível de adivinhar (eh eh, surpreendam!). Às vezes posso dar uma dica. Vamos ver quem é o melhor conhecedor da bila ou quem tem memória fotográfica! (Eu não sou nem tenho...)
Sempre que colocar uma imagem nova revelo a resposta do desafio anterior!
Ok? Toca a enviar respostas pelos comentários. Sabe-se lá se um dia não haverá um prémio para o vencedor...!!?

Desafio 1

Um fácil para começar...

sábado, 18 de julho de 2009

Uma noite de manifesto no Ex...

A noite começou com curiosidade. Dj novo, novo mesmo. Uma novidade no ex era sempre bem vinda (seria?...). A primeira música passou, a conversa devia estar boa e não se ligou muito ao som. As duas ou três músicas seguintes passaram e os olhares começaram a cruzar-se entre o pessoal. Bem, o rapaz deve-se ter enganado na pasta dos cd's mas a coisa já se vai compôr. Mais umas músicas e os comentários entre nós, agora indignados, aumentaram e com certeza que o rapaz se enganou foi no bar...
Mas...
Ai é para ser mesmo assim???
Bem... a imagem que se segue diz tudo. Existe uma segunda folha de assinaturas, mas está desaparecida por enquanto. Quando se deixar ser encontrada fará companhia a estas.
Foi uma bela noite...





Obrigada Bruno, o guardião do documento!

quarta-feira, 15 de julho de 2009

O que é que acham disto?

Depois de um tempo de afastamento do Bilafonias em que as bloguisses se ficaram por aqui e por aqui, lá voltei ontem a colocar por cá algumas linhas.
E tenho andado aí a pensar que se calhar era boa ideia transformar as ondas hertzianas numa mesa com comes e bebes. Seria possível combinar um encontro de Bilafónicos? Onde? Onde havia de ser? Na Bila, claro!!!

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Realmente o Bilafonias veio acender em mim aquelas coisas que todos temos guardadas cá dentro e que um dia, de repente,
Estamos aqui
e nós, de olhos esbugalhados,
Ainda existem?
incrédulos com aquilo que sentimos ao recordá-las, a abanar a cabeça de sorriso distante, velhos num banco de jardim a reviver antigos bailes de aldeia.
Mas depois de um tempo a gente refaz-se. Umas palmadinhas no ombro, um deixa lá, e pronto, a gente refaz-se.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Símbolo da UTAD, Now and Then

O antigo:



O novo:



Eu sei de qual gosto mais...

FADO UNIVERSIDADE

Quem estudou na Utad, pelo menos no meu tempo, deve ter cantado muitas vezes estes versos!
Eu acho que este hino é muito engraçado, e realmente faz lembrar alguns bons velhos tempos.
Quem se lembra?

FADO UNIVERSIDADE

Aqui viemos parar
Aqui a Vila Real
A cidade mais bonita
Que conheço em Portugal

O fado Universidade
é tudo aquilo que sinto
mas só fica bem cantado
acompanhado com tinto.

Dizem que aquilo é bom
Dizem que aquilo é porreiro
Mas ao chegar à cantina
Mais parece um chiqueiro.

Depois do caldo tomado
Entrei de queixo p´ró ar
no café chique da terra
P´rá minha bica tomar.

Se o desporto dá saúde
Viemos p´ra cá estudar
não foi p´ra ir para a Quinta
Todo o dia a caminhar.

As aulas abrem às 8
O Necas abre às 6
Dizei-me agora colegas
Qual dos dois preferireis.

Refrão:

Vila real ao entardecer
Ao cabanelas eu fui ter
Era menino lá debaixo sossegado
Grande bezana eu agarrei
E conclui e verifiquei
Ser este o curso
p´ra que estava destinado.

Um copo aqui
Um copo ali
Um copo ali
Um copo aqui
Ai rico branco, rico tinto, rico vinho
E o problema é geral
Ao chegar a Vila real
P´ra casa é que é
Já ninguém sabe o caminho.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

S.João de regresso à Bila?

A Associação Comercial e Industrial de Vila Real está, segundo a minha opinião, a trabalhar bem. A tentativa de dinamizar o centro histórico da bila e ajudar o comércio tradicional teve ontem à noite uma oportunidade de ouro, ao fazer renascer em grande, no âmbito das festas da cidade, uma tradição adormecida mas que, fiquei por estes dias a saber, existia há muitos anos em alguma freguesias da cidade: a noite de S.João.
A música animou as ruas e a sardinha estava boa!
O vinho, como é óbvio, temperou bem a coisa...





sexta-feira, 19 de junho de 2009







viagem para, e na Zambujeira...98 ! ou 99? ai memória, memória...

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Esbardalhar - este verbo, por definição não existe nos dicionários. Quando muito e até novas informações, é um daqueles termos, que só existem em certos locais (na Bila, pois claro!!). Modelismo será o termo. "Esbardalhei-me a rir" será quando muito, o único contexto em que alguns já o ouviram/disseram, embora também se possa usar com outros sentidos. "Esbardalhar, será para todos os efeitos, neste blog, o que define o acto de cair. Não necessariamente no sentido físico, mas no sentido de algo que se partiu, se estragou, que se deixou ir, em suma que se FODEU. Sempre me fascinou o momento em que caímos, em que largamos as amarras da esperança, e pura e simplesmente, nos deixamos cair, em direcção ao abismo, e no entanto, há como que uma libertação de um peso, duma dôr, e por breves momentos enquanto caímos ( apenas até atingir violentamente o fundo/ a realidade/ a vida), somos livres das amarras, dos conceitos, das imposições, desta existência estúpida, que se resume a nascer e morrer, pelo meio, crescer, trabalhar para comer e existir, reproduzir, envelhecer... se tudo correr bem.... Foda-se, não era nada disto que eu estava à espera... a vida não é bela, é cada vez mais frustrante e as pessoas limitam-se a andar a pastar como gado, e ninguém diz BASTA, mais do mesmo? NÃO! Por isso viva o "carpe diem", o "live fast, die young", viva a decadência, viva a revolta com o que nos rodeia, viva os que se esbardalham e fazem-no com um sorriso estampado, caem sem sequer se ampararem das mãos, caem pelo simples prazer de cair. Esbardalha-te. Nem que seja só para provar o sabor metálico do sangue que fica no céu da boca, quando o crâneo/a mente atinge o solo/a realidade. Abraços-
Bruno 28th

quarta-feira, 17 de junho de 2009

A Bila de hoje I

Algumas fotos da Bila actual.
Quem não a visita há muito tempo que descubra as diferenças...
Nesta olha-se a Sé de Vila Real desde a esplanada do D.Manuel.



É um dia chuvoso de Maio, o carro estacionou em frente só para estragar a fotografia e já se vê uma amostra dos enfeites das festas da cidade.
Talvez a principal diferença dos velhos tempos seja a paragem do Corgobus!

terça-feira, 9 de junho de 2009

Quando eu era caloira....

Quando eu era caloira... bons velhos tempos.
Apesar de não ter estado muito envolvida nos rituais académicos (eu era mais Ex...), passei por algumas praxes, umas muito divertidas outras menos, mas felizmente nenhuma delas sem piada ou humilhante, como as houve e continua a haver.
Os tempos foram de descoberta e de novas emoções. Confesso que os estudos ficaram um pouco para segundo plano.... bem, fiz Citologia e Inglês Técnico!!
Enfim....
Quanto à Utad, estive lá a estudar 8 anos! Nem foi muito, pois não? A minha última cadeira foi Análise Numérica, e de muitas outros colegas, acho.
O meu número? Ai ai... era o 6738!!

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Reinaldo

O estio era assim. As tardes fingindo fornos e nós na esplanada habitual, na mão uma Super, ou outro refresco de teor mais elevado, e enquanto os ponteiros se arrastavam cambaleantes, jogávamos jogos infantis, ligeiramente modificados na pretensão de apelar ao intelecto.

O estio, sem estudantes pelas ruas da Bila, era assim; só os da Bila. Que é o mesmo que dizer, os de lá, os próprios, os nacionais. Fora Vila Real um País e seria, pelo período escaldante do Verão, mais patriótico.
Eu, não porque fosse de lá, lá estava. E partilhei desses momentos intimistas com um sentido de tresmalhada adoptada que lhes conferiam um saborzinho especial.

Estranho é o facto de, tão forte como a sensação do calor a pegar-se à pele, ser a recordação das palavras de Alexander Pope na sua voz, do seu sorriso que parecia em câmara lenta, da sua bendita, apaixonante e louca forma de questionar o mundo a cada segundo.

Pensando bem, talvez não seja assim tão estranho...

Se alguém o vir, não fazendo desse alguém meu criado, diga-lhe isto. Obrigado.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Os poetas da Bila V

Entra-nos pelo peito em borbotões joviais
Este sangue de luz que a madrugada entorna!
Poetas, que somos nós? Ferreiros d'arsenais;
É bater, é bater com alma na bigorna
As estrofes de bronze, as lanças e os punhais!

Acendei a fornalha enorme – a Inspiração.
Dai-lhe lenha, – a Verdade, a Justiça, o Direito
E harmonia e pureza, e febre e indignação;
E p'ra que a lavareda irrompa, abri o peito
E atirai ao braseiro, ardendo, o coração!

Sendo o último dia da semana dos poetas da Bila, permiti-me alargar horizontes (uns 100 Km) e aqui fica um testemunho de Guerra Junqueiro, a quem os políticos chamavam poeta e os poetas apelidavam de político.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Os poetas da Bila IV

Nem Baco nem meio Baco!:
Aqui é o homem,
desde as mãos ossudas e calosas,
desde o suor
ao sonho que transpõe as nebulosas.

Montes de pedra dura,
gólgotas
onde os geios são escadas!
Venham ver como sobe o desespero
e a esperança, de mãos dadas.

Nem Baco nem meio Baco!:
Aqui é o homem
que nada há que não suporte
mas suporta e persiste.
Aqui é o homem até à morte.

Os poetas estão de volta depois da rebeldia de ontem. Desta vez, António Cabral.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Os poetas da Bila III

A ideia era essa. Uma semana, cinco poetas. E eles não faltam, por certo devido ao bafejo que da serra emana.
Mas agora, sei lá eu porquê, a ideia é outra…

Talvez só por hoje (ou não),
vou rebelar-me contra palavras inúteis,
sobejantes, escusadas, vãs.
Palavras que nada dizem,
que nos transviam da felicidade
e nos inundam em fantasias pouco sãs.

Por isso, hoje não há poetas da Bila p'ra ninguém. Veremos amanhã…

terça-feira, 26 de maio de 2009

Os poetas da Bila II

Senhora do Marão e da Saüdade
Tão triste da nossa alma portuguesa,
Junto de ti, vestido de humildade,
Meu coração ajoelhado reza.

Quero amar-te na fria soledade
Da virginal e bruta natureza,
Longe do mundo, na sinceridade
Da mais humana e pura singeleza.

Senhora da Distância e da Neblina,
Alma de lírio em corpo de menina,
Que para o amor dum anjo é que nasceu…

Irei à tua romaria, em breve,
À tua serra antes que volte a neve,
Que te veste de noiva, em lindo véu.

... E o blogue é também de Afonso de Castro

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Os poetas da Bila I

De um lado terra, doutro lado terra;
De um lado gente; doutro lado gente;
Lados e filhos desta mesma serra,
O mesmo que os olha e os consente.

O mesmo beijo aqui; o mesmo beijo além;
Uivos iguais de cão ou de alcateia.
E a mesma lua lírica que vem
Corar meadas de uma velha teia.

Mas uma força que não tem razão,
Que não tem olhos, que não tem sentido,
Passa e reparte o coração
Do mais pequeno tojo adormecido.



Se o blogue é da Bila, o blogue também é de Miguel Torga!!

sábado, 23 de maio de 2009

Pioledo

Não podia deixar de fazer referência a este sítio tão popular da bila!
Bem, um dos dois...
Oops?



... este fica a caminho do Alvão.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

O que faltava

Nas ruas grassava a luta contra as propinas, mais acima o buraco no ozono era um furinho desacautelado.

No seio dos nossos dias nem portátil, nem telemóvel, nem SIC, nem TVI, nem DVD, nem televisão por cabo, nem preocupações ecológicas, nem Messenger, nem e-books, nem iPod, nem CD-R, nem Skype, nem centro comercial, nem auto-estrada até lá, nem património mundial por vizinho.

No seio dos nossos dias não nos faltava mesmo nada.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Não pensem que é exagero!!

Passara já algum tempo desde que havia chegado à Bila, quando, certa noite, tropecei numa miúda sentada na esplanada do Ex, de pé esticado a ocupar a passagem, e as nossas Supers quase tombaram.
Cinco segundos depois já sabíamos; vínhamos as duas de Almada.
À semelhança do melhor espírito de emigrante, partilhamos, logo ali, histórias escabrosas das nossas adolescências (dentro do limite da escabrosidade admitido para menores de vinte anos). A agitação era tal que as alminhas circundantes nos olhavam desconfiadas, mensurando mentalmente o nosso nível alcoólico e aferindo-o elevadíssimo, enquanto em nós se ia instalando uma amizade que (estranho como nunca nos apercebemos dessas coisas na altura) criaria raízes de carvalho.
O quarto dela confundi-o com o meu, os nossos amigos confundiram-se também e partilhamos algumas “coisas” que o decoro me impossibilita de mencionar. Ao longo do tempo a nossa história e até a nossa vida se misturou de forma permanente. E não pensem que é exagero, senão vejam um exemplo (só um): eu casei com o primo dela e ela conheceu Billy Holiday comigo.
É evidente que, neste caso, em matéria de qualidade ela ficou a ganhar, mas sem querer prosseguir numa lógica contabilística de lucro ou prejuízo, posso afirmar, seguríssima de acertar, que a amizade da Nica foi, de todas as coisas que ganhei em Vila Real, a maior, a melhor, a que ainda hoje permanece inquebrável.

Quem se lembra da Rock Magazine?

Há 15 anos atrás um grupo de habitantes da bila, atentos às necessidades culturais da mesma, pegaram um dia na caneta (só depois no computador, que os havia em número reduzido na altura) e criaram um grande e promissor jornal (espectaculares fotocópias, tamanho A4) sobre música e cultura em Trás-os-Montes. Bem... isto depende do ponto de vista... A seriedade e isenção dos jornalistas talvez fosse um pouco duvidosa (sem ofensas) e o público alvo era mais ou menos quem se sentasse nas esplanadas do pioledo...
Tenho duas edições desse fenómeno jornalístico (não sei se terá havido uma terceira) e partilho-a com vocês.
Muito chorei eu ao lê-la e relê-la estes anos todos, de tanto rir!



quarta-feira, 20 de maio de 2009

Desde o desafio da Cátia que…

Não, não é saudade, que isso é como hienas a comerem pedacinhos da parte de dentro do peito, e não é assim que sinto.
Sinto que qualquer coisa se acendeu no cantinho de um esconso de memórias e essa luzinha assim a espraiar-se com os dias pelo cómodo todo, a avivar lembranças, a tirá-las de baús bafientos e a mostrá-las,
Lembras-te?
em jeito de confirmação.
Lembro,
quero dizer,
não sei se lembro
porque parece que eu a reler num livro antigo um poema esquecido e a cuidar que diferente, os meus olhos a atentar nas palavras, duvidosos, e nisto, à cautela, olho melhor, e dou conta que afinal as palavras iguais e que só os meus olhos diferentes.
Devolvo o livro ao seu local empoeirado e, visto que dentro do peito pedaço nenhum desapareceu, não é saudade o que sinto, o que sinto é só um quase sorriso no canto do lábio, um ponteiro que se abranda num relógio e aquela fluidez irreal de reviver coisas que já não são.

terça-feira, 19 de maio de 2009

"Essa não és tu", disseram-me hoje.
Esta de facto não sou eu, fui eu!!

E o amiguinho era o Joe, o verdadeiro companheiro que insistia em esperar-me todas as noites para me acompanhar a casa.
Num belo dia ferrou bem ferradinho um digníssimo agente da autoridade e acabou exilado, para sempre expulso da Bila.
Será que sou só eu que me lembro dele??

E já agora, o chapéu é do Marco e o casaco do Luís....

Para além do Rock

A Bila que conheci tinha uma assinatura própria. Ou talvez nós conhecêssemos poucas coisas. O certo é que eu nunca tinha visto nada assim.
Ainda hoje não posso recordar Vila Real sem lembrar o êxtase de ouvir Joy Division numa discoteca. Naqueles tempos andava eu na capital a correr as tascas ao ritmo do calendário, terças no Kremlin, quartas no Alcântara, quintas no Plateau para fugir aos sons martelados que se começavam a ouvir um pouco por todo o lado.
Entrei na Ritmin pela primeira vez logo nos primeiros dias de estadia, dias em que me mantive num estado de espanto crónico com as novas latitudes e não só, e saltou de dentro das colunas a voz de Peter Murphy fazendo-me acreditar que devia ter bebido demais no EX. Mas não, isto é, claro que tinha bebido demais, mas estava a ouvir bem, era mesmo Peter Murphy e depois The Cure e Smiths.
E quando eu pensava que já tinha visto tudo, salta de lá "She’s lost control" na voz descontrolada de Ian Curtis.
E julgava eu que vinha da capital….

segunda-feira, 18 de maio de 2009

As 1001 bandas... (I)

Aqui está um tema que tem pano para mangas!
Acho que antigamente em Vila Real havia uma banda, ou algo do género, a ensaiar de duas em duas garagens por toda a cidade. Ou qualquer assim...
Não tenho guardado comigo o suficiente para documentar este fenómeno como deve ser, há-de haver quem tenha, não?
Aqui vai uma lembrança, não é das mais antigas...

A Bila tem destas coisas... (III)

Peço desculpa à Cátia pela intromissão no género
mas tinha uma que queria partilhar:
Esta vista é de Arnal e como se pode ver muito bem deste ângulo este é o que julgo chamar-se o cabeço do mocho.


domingo, 17 de maio de 2009



cá fica um dos habitantes marcantes da bila, uns meses antes morrer. ele curtiu bué a bila. já a bila... houve gente que guarda algumas amargas recordações dele. eu não

Há quantos anos??

Foi há quê? Dezasseis, dezoito anos? Foi há muitos.

E foi mais ou menos assim, tal como o poeta disse da Coca-Cola, primeiro estranha-se depois entranha-se.

E bem que se estranhou, por algum tempo, aqueles blocos de cimento a substituírem a calçada portuguesa, as ruas que ou subiam ou desciam, não as havia a direito, a claustrofobia das paredes de monte, uma de cada lado.

E quando o Luís apareceu a correr vindo do Pioledo, com três amigos para ajudar, já fazia meia hora que o expresso me tinha despejado no cabanelas. Eu, de mala e cuia, a pensar que me tinha enganado, que não era bem ali, que tinha combinado mal.

Não havia telemóveis, foi há quê? Dezassete anos? Não havia telemóveis e eu não podia fazer mais do que esperar pelo amigo que entrara para veterinária no ano passado e se oferecera para me ajudar. Por isso esperei, sentada em cima de uma das malas, enquanto o sol se ia pondo e um frio seco se abeirava numa brisa mansinha. E devido à noite que chegava eram muitos os que subiam a rua em animação, se falavam de um passeio para o outro como se conhecendo todos, me perguntavam até, espante-se, se precisava de ajuda.

Bem que se estranhou, mas por pouco tempo, pouquíssimo. O Luís e os amigos instalaram-me em sua casa numa pressa de malas aos cantos, amanhã arrumas, e sem perceber bem como, dei por mim na explanada do EX a conhecer meia Bila.

Daí até se entranhar foi o tempo de um sorriso, foi o tempo de uma super. E ainda cá está. Há quê? Dezasseis, dezoito anos? Há muitos, e ainda cá está, mais esbatido que antes certamente, mas para sempre entranhado.

Despedida do Ex

Vim estudar para Vila Real no ano de 1992.
Nesse mesmo ano, não me lembro bem como, entrei pela primeira vez no Ex, e quase se pode dizer que nunca mais de lá saí...!
No dia 8 de Abril de 2006 o Ex, como o conhecíamos, abriu as portas pela última vez! (bem... era mais uma porta meia enferrujada)
Muitos dos antigos frequentadores deste bar lá estavam e acho que posso dizer que o sentimento geral era de tristeza e indignação. E apesar de nos últimos tempos de funcionamento o Ex já não andar muito em alta, já não ficar cheio (mesmo muito cheio) de pessoal conhecido nem emanar aquela energia de antigamente, a questão que me surgia era: e agora? Onde vou beber o meu copo e encontrar todas as caras familiares? Pois como o Ex não houve mais nenhum....
Agora os tempos são outros.

Aqui está uma pequena lembrança dessa noite. Muita gente não estava, mas será que encontras a tua assinatura?

sábado, 16 de maio de 2009

Novamente o Ex...

Mais uma recordação que guardei do velho Ex...
Alguém se lembra quando terá sido isto?

quarta-feira, 29 de abril de 2009

A Bila tem destas coisas... (II)

Já foi em Janeiro, mas acho que vale a pena recordar...

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Vila Real de Trás-os-Montes?

Afinal... só estou em Portugal há 4 anos e meio mas confesso que, até vir morar aqui no Algarve, eu pensava que "Vila Real", pura e simples, so existia mesmo a nossa... a nossa Bila e ponto final! "Vila disso" e Vila daquilo" eu ja dei conta que existem muitas.. mas, desde Agosto do passado ano, faz-me imensa confusão ter que me referir à Vila Real como "Vila Real de Trás-os-Montes". Já procurei.. procurei.. procurei... e realmente, não há registRos (em brasileiro) dessa localidade que os habitantes de Vila Real de Santo Antônio (e arredores) insistem em (re)criar. Agora percebo o porquê da irritação dos transmontanos que compram um bilhete para Vila Real e ouvem a pergunta: "Vila Real de Trás-os-Montes ou de Santo Antonio"?... Mas numa coisa isso tudo me conforta... ao sair da serra algarvia em direção ao litoral, sabe bem ler as indicações para quem ruma ao sul que dizem: "Vila Real 35 km"!!! So mesmo visto... contando ninguem acredita...

O Ex de todos nós...

Bem.... para mim falar do Ex é como falar da casa onde mais tempo eu vivi desde que vim estudar para Vila Real. Todos nós lá passámos momentos inesquecíveis, e talvez seja o sítio onde eu conheci a maior parte dos meus amigos. De lá guardo incontáveis memórias e algumas "provas" materiais... esta é uma delas. Este assunto tem pano para mangas.... Participem todos!!!

quarta-feira, 22 de abril de 2009

A Bila tem destas coisas... (I)



Vila Real, 15 de Abril de 2009

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Viagens por outras Terras

Antes de mais parabéns por mais esta iniciativa que no meu caso pessoal é uma “desvirginfidivicação” no mundo do ciber-espaço, não no geral mas em particular no mundo dos “blogues”. A palavra anterior supra-citada é da minha autoria.
Quis a minha inspiração que o tema da minha primeira intervenção fosse a saudosa Zambujeira do Mar, em especial as suas incríveis viagens de comboio regional pela noite dentro onde valia tudo, especialmente perder o garrafão de vinho na estação, ou pior, parti-lo. Mas deixemo-nos de trolóló e passemos às ilustrações:







…e no final da noite, quando o Sol estava para nascer, lá chegávamos à Mouralândia, mortinhos por chegar ao autocarro que daria finalmente o descanso merecido.











Para depois…………LOUCURA!!!!!!!!!











sexta-feira, 10 de abril de 2009

Boa Páscoa!

Inauguro este blogue desejando a todos uma boa Páscoa.
Muita coisa não entendo nesta quadra festiva... sei o que representa, mas de facto me confunde.... sempre pensei que "jejum" significasse ausência de ingestão de alimentos, mas ao que parece significa comer arroz de marisco, espetadas de gambas ou bacalhau assado em grandes quantidades em vez de carne... Mas de positivo surge a reunião da família, mesmo que à volta de uma mesa de refeição, e o rever de amigos que voltam às suas terras, e que já não se viam desde o Natal.
Independentemente da minha opinião, espero que sejam uns dias muito felizes para todos, com muito amor e, porque não, com muito doce e muito folar! Cuidado com o colestrol.