Entra-nos pelo peito em borbotões joviais
Este sangue de luz que a madrugada entorna!
Poetas, que somos nós? Ferreiros d'arsenais;
É bater, é bater com alma na bigorna
As estrofes de bronze, as lanças e os punhais!
Acendei a fornalha enorme – a Inspiração.
Dai-lhe lenha, – a Verdade, a Justiça, o Direito
E harmonia e pureza, e febre e indignação;
E p'ra que a lavareda irrompa, abri o peito
E atirai ao braseiro, ardendo, o coração!
Sendo o último dia da semana dos poetas da Bila, permiti-me alargar horizontes (uns 100 Km) e aqui fica um testemunho de Guerra Junqueiro, a quem os políticos chamavam poeta e os poetas apelidavam de político.
sexta-feira, 29 de maio de 2009
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